No Brasil desde os tempos
coloniais pratica-se a monocultura, que é a produção agrícola de apenas um tipo
de produto cultivado em larga escala, como a soja, café ,cana-de-açúcar e
algodão.
Nessa pratica agrícola a maior
parte da produção é exportada para fora do país, gerando renda para grandes
latifundiários e um bom saldo na balança comercial brasileira. Mas, apesar de
trazer lucros aos grandes proprietários de terras e ao governo brasileiro, essa
cultura causa também os seguintes
impactos socioambientais:
Degradação física, química e biológica do solo;
Reduz a produtividade, uma vez
que o plantio de uma só espécie retira os nutrientes do solo;
Reduz a biodiversidade e provoca um desequilíbrio ecológico ao
desmatar grandes áreas de florestas e cultivar plantas que não são nativas de
determinado local;
Traz o aparecimento de ervas
daninhas e insetos que atacam as plantações devido à supressão de porções de
mata nativa;
A monocultura necessita que se apliquem
as plantações uma grande quantidade de agrotóxicos e fertilizantes que podem gerar a contaminação
do solo, da água e dos seres vivos;
As grandes plantações ocupam
áreas extensas que impedem que sejam produzidos mais alimentos para a população
interna do país, o que reduziria a fome junto com a diminuição do desperdício
de alimentos que já são produzidos;
Reduz a mão-de-obra do campo por
causa da mecanização das lavouras e com isso a um êxodo rural para as grandes
cidades brasileiras gerando mais desempregados;
O plantio em larga escala necessita
de grande quantidade de água que muitas vezes é desviada de um curso de um
manancial causando a degradação do mesmo e nem sequer o uso dessa água é
cobrado dos proprietários de terras;
Tendo em vista a todos esses
malefícios socioambientais, há alternativas frente a esse cenário, como a rotação de culturas, que consiste em
fazer divisões na propriedade e alternar anualmente as espécies vegetais
cultivadas na área agrícola. Esse modo
de cultivo proporciona uma produção diversificada de alimentos, melhora as
características do solo, auxilia no controle de ervas daninhas, repõe matéria
orgânica e protege o solo da ação dos agentes climáticos.
Portanto, a monocultura apesar de ser altamente rentável por causa da
exportação traz os diversos impactos socioambientais mencionados acima e um
custo elevado, pois as áreas do plantio ao longo do tempo passam a não serem
mais produtivas, gerando prejuízos ao governo por não estar gerando impostos e
produzindo produtos agrícolas. Mas, a
rotação de culturas é uma alternativa frente a esse quadro, podendo até
recuperar o solo degradado.
Referências:
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